terça-feira, 29 de abril de 2008

Un arma y un cafe, por favor...

La violencia armada no se limita a las guerras, sino que se está generalizando en las calles y en los hogares de miles de familias. Actualmente, más de la mitad de las armas convencionales está en manos de civiles. La violencia armada acaba con la vida de 500.000 personas al año. El comercio de armas está fuera de control.

Las armas ligeras contribuyen de forma significativa a la pobreza y al sufrimiento y juegan un papel clave en las violaciones de los Derechos Humanos y del Derecho Internacional Humanitario. Se infligen más heridas, muertes, desplazamientos, violaciones, raptos y torturas con armas ligeras, que con cualquier otro tipo de armas. Por este motivo, el secretario general de Naciones Unidas las calificó como "las auténticas armas de destrucción masiva".
- Millones de hombres, mujeres, niñas y niños, viven bajo la amenaza de la violencia armada. Cada minuto uno de ellos muere asesinado.
- 640 millones de armas circulan por el mundo y cada año se fabrican 16.000 millones de balas, dos balas por cada habitante del planeta.
- Anualmente se gastan en el mundo más de 900.000 millones de euros en armamento. Esta suma sería suficiente para lograr una educación primaria universal y la eliminación de la mortalidad infantil en el mundo.
- EEUU, Reino Unido, Francia, Rusia y China (irónicamente, los miembros del Consejo de Seguridad de la ONU) son responsables del 88% de las exportaciones de armas convencionales. En cuatro años estos países obtuvieron, por la venta de armas a países en desarrollo, una suma superior a la que gastaron en Ayuda Oficial al Desarrollo.


"¿Cuánto esperan que gritemos y lloremos? ¿Cuánto dolor y sufrimiento creen que podemos soportar? ¿Cuántas cabezas y brazos serán destrozados por los cohetes antes de que alguien nos escuche?.” Emily Baker, viuda, su marido fue victima de una bala perdida.

El negocio de las armas es escenario de corrupción y sobornos generalizados, y se nutre de los beneficios que dan unas máquinas diseñadas para matar y mutilar a seres humanos. Entonces, ¿quién obtiene beneficios con este horrible comercio?

terça-feira, 22 de abril de 2008

Os bons exemplos que ficam por seguir...

Protocolo assinado com Serviços Médicos Cubanos
Santarém: idosos carenciados vão poder receber tratamentos oftalmológicos em Cuba
21.04.2008 - 18h20 Alice Barcellos, com Lusa
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1326537

Li essa noticia no Publico e achei interessante.
Não sei se é a solução. Sei que quando há um problema há que, pelo menos, tentar soluciona-lo.
Em Portugal ganhou-se, ao longo dos anos, o estranho costume de importar tudo, ideias, soluções, modelos....Nem sempre é positivo. No caso português é, na maioria das vezes, negativo, não se tem em atenção as caracteristicas especificas de cada realidade, esquecemos que o mais importante são as pessoas e que porque uma coisa funcione num país não significa que tenha de funcionar neste nosso "pedacinho de terra à beira mar plantado". No entanto, esta parece-me uma boa iniciativa.
O Sr. Jorge Sampaio, então presidente da républica, disse uma vez (e bem) que "As reformas não são neutras. Traduzem principios, valores, modelos e objetivos. Exigem a coragem de escolha. Fundamentam e distinguem as alternativas. Avaliam-se pela sua eficácia e rigor na sua execução e, sobretudo, pelas consequências e efeitos que produzem." Pior que fazer errado é não fazer nada. Em Portugal falta-nos arriscar quando necessário, seguir os bons exemplos e voltar a trás quando erramos.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Educación

«Si un niño es educado con críticas
aprende a condenar.
Si una niña es educada con hostilidad
aprende a pelear.
Si un niño es educado con tolerancia
aprende a ser tolerante.
Si un niña es educada con estimulo
aprende a confiar.
Si un niño educado con equidad
aprende a ser justo.
Si un niña es educada con seguridad
aprende a tener fe.
Si un niño es educado con aprobación
aprende a quererse.
Si una niña es educada con aceptación y amistad
aprende a hallar amor en el mundo. »
(autor/a desconocido/a)

"Art.26º de la DUDH:
1. Toda persona tiene derecho a la educación. La educación debe ser gratuita, al menos en lo concerniente a la instrucción elemental y fundamental. La instrucción elemental será obligatoria. La instrucción técnica y profesional habrá de ser generalizada; el acceso a los estudios superiores será igual para todos, en función de los méritos respectivos.
2. La educación tendrá por objeto el pleno desarrollo de la personalidad humana y el fortalecimiento del respeto a los derechos humanos y a las libertades fundamentales; favorecerá la comprensión, la tolerancia y la amistad entre todas las naciones y todos los grupos étnicos o religiosos; y promoverá el desarrollo de las actividades de las Naciones Unidas para el mantenimiento de la paz.
3. Los padres tendrán derecho preferente a escoger el tipo de educación que habrá de darse a sus hijos."

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Boicotar ou Não boicotar?

Ultimamente a pregunta faz-se a cada momento, a cada pessoa, a cada entidade, em cada jornal, em cada cidade, em cada país. "Qual a sua opinião sobre o boicote aos Jogos Olimpicos?".
"Deve ou não boicotar-se os jogos olimpicos?"

A minha opinião (pessoal) é que não é uma questõ de boicote, é uma questão de cumprimento.

Quando se candidatou à organização dos Jogos Olimpicos a China prometeu que, caso a sua candidatura fosse aceite, isso serviria para melhorar a [lamentavel e penosa] situação de Direitos Humanos neste país. O art. 2º da carta olimpica diz que os jogos olimpicos devem servir para promover a dignidade humana, a paz, os valores e a integridade das pessoas.
Mais de quatro anos depois (se não estou em erro), a China continua a ser o pais que mais pessoas executa, as detenções ilegais são uma realidade, a censura está presente em toda a parte. Mais de quatro anos depois, a segurança dos seus habitantes (e não só) é posta em causa todos os dias, a discriminação é uma realidade, a liberdade de expressão não existe. Mais de quatro anos depois eu tenho apenas uma pregunta: Onde estão os Direitos Humanos, a dignidade humana, a paz e a integridade fisica naquela que é uma das grandes potencias mundiais, a China?

Os E.U.A. anunciaram aproximamente há um mês que a China não faria parte, em 2008, da lista negra dos países mais problemáticos no que respeita os Direitos Humanos. Ao que parece, os EUA, país exemplar e grande respeitador dos DDHH, lança todos os anos uma lista com 10 países cuja situação em DDHH é excessivamente preocupante. Antes demais eu devo dizer que me parece muito bem vir a publico denunciar "os 10 piores em Direitos Humano" mas gostava de referir duas coisas:
i) Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) os DDDHH são indivisiveis, pelo que é um pouco dificil ver qual é o pior país, não há violações mais graves que outras, há um maior ou menor numero de violações.
ii) Um país que tem pena de morte (que viola o direito à vida), que é responsavel por centanas de detenções ilegais e desaparecimentos forçosos, que tem a seu cargo o centro de tortura (permitam-me que o chame assim) Guantanamo, vem dizer ao mundo quais são os 10 piores países?
Enfim...mas voltando à China. Segundo os EUA esta decisão nada teve a ver com Pekim 2008, mas com o facto de a China ter feito, ao longo do ultimo ano, grandes esforços para melhorar a situação de Direitos Humanos no seu pais. Bom, devo com isto entender que tenho o dever de felicitar a China por:
a) Reduzir o numero de delitos condenados com a pena capital de 89 para 65 dos quais continuam a fazer parte crimes económicos (ena, já posso estar tranquila)...
b) Limpar Pekin (prender suspeitos de "crimes", sem que estes tenham acesso a advogados, e leva-los a um campo de trabalho forçado onde podem ficar até quatro anos)...
c) Criar um acordo ou lei (não sei qual o termo técnico) para assegurar a liberdade de expressão dos jornalistas estrangeiros e viola-lo uns meses depois....
Sim, realmente os esforços foram muitos, pena que nenhum resultou.

Para mim, voltando ao inicio, a questão não é boicotar, é cumprir.
Os jogos olimpicos em Pequim vão contra a carta olimpica, a China não cumpriu com o que prometeu a quando da sua candidatura. A questão é fácil não cumpriu fica sem efeito.
Se lhe querem chamar boicote por mim tudo bem, possivelmente é o nome mais correcto, mas, na minha opinião, não há questão: quando uma parte não cumpre os requisitos ou os compromissos que assumiu o acordo fica sem efeito.

Os jogos olimpicos são importantes? Sim.
E os direitos humanos?

Viva o poder económico....

sábado, 5 de abril de 2008

Cegos, surdos e mudos?

As noticias sobre educação tornaram-se comuns, primeiro a guerra entre professores e a Sra. Ministra, agora e para tornar a guerra mais animada, a violência nas escolas.
Tudo isto é demasiado confuso para mim, há algumas coisas que me escapam.

1st round: Ministra 1 - Profesores 0 (Educação 0)
É muito fácil a ministra ganhar o primeiro round, tem os meios e as técnicas necessárias para tal. É uma tarefa fácil e simples.
Numa semana diz-se que os professores não trabalham, não educam, não ensinam, têm demasiadas férias, passam poucas horas na escola, faltam muito (espero não esquecer-me de nada). Na semana seguinte cria-se uma lei que obriga os professores passar mais tempo na escola, que os obriga a trabalhar (afinal é para isso que são pagos), que, finalmente, "os põe na ordem".
Não se fala nas horas que têm de trabalhar em casa, nas horas sem fim que passam em reuniões que terminam bem depois do seu horario de trabalho. Não se fala nos limites que têm para ensinar e essencialmente para avaliar. Não se fala na contagem de falta a cada 50 minutos (agora 45), nas férias em períodos limitados ou na falta de condições de trabalho.
É mais fácil convencer a opinião publica contando as coisas pela metade, eu diria mesmo que, é mais fácil governar ignorantes.
A opinião publica gosta das medidas, no fim de contas são eles que pagam (com os seus impostos) estes senhores preguiçosos...

2nd round: Ministra 1 - Professores 1 (educação 0)
Abençoado 1974.
Os professores cansam. Os professores esgotam. Os professores chegam ao seu limite.
Os professores reunem-se, saem à rua, gritam até perderem a voz (e nessa altura descansam um pouco e voltam a gritar), os professores vestem o luto que sentem há muito tempo.
A ministra nega descontentamentos. A ministra diz que não são professores. A Sra. ministra diz tantas coisas, abençoada liberdade de expressão, que a permite falar tanto quanto queira, mesmo quando a qualidade e veracidade não existem. Mas a ministra não consegue fazer desaparecer da Avenida da liberdade 100 mil professores, desculpem, 80 mil (façamos a vontade à Sra. Ministra, caramba, não é fácil ter tantos preguiçosos contra nós...).
A opiniao publica dá-se conta que, se calhar, há coisas que não foram ditas, que, se calhar, estes senhores não são tão preguiçosos, afinal desperdiçam um sábado para ir andar e gritar pelas ruas de Lisboa...Das duas uma, ou algo está realmente mal (80mil, 100mil ou 120 mil - não importa, qualquer desses números é muito alto), ou os professores são masoquistas.
Eu, pessoalmente, acho que as duas estão correctas.

3rd round: Ministra 1 - Professores 2 (Educação 0)
Parece que as escolas afinal não são sitios seguros, os jovens hoje são perigosos. Parece que não são escolas mas selvas. É a lei do mais forte, que, obviamente, não é o professor, que não pode chumbar, que não pode marcar faltas,que está sózinho, que tem um carro, que é avaliado pela avaliação que faz, que...que é o culpado de todos os males da educação (e quiçás do mundo).
Parece que afinal os alunos vão armados para a escola, e quando não vão armados, armam-se (as cadeiras, os sapatos, as canetas sempre foram boas armas).
E agora que se diz? E agora de quem é a culpa?

4th round (ainda por chegar): Educação 1 (ministra, professores e pais unidos)
Este dia está por chegar e, sinceramente, não estou segura de que viva para vê-lo, o que me preocupa. Preocupa-me porque a minha mãe é professora e gostava que um dia pudesse trabalhar tranquilamente, pudesse sair de casa com um sorriso na cara e dizer "vou ensinar". Preocupa-me porque espero um dia ter filhos, filhos que aprendam e sejam avaliados, que chumbem quando merecem, que sejam castigados quando faltarem ao respeito,que aceitem as diferenças. Preocupa-me porque o futuro de um pais está na educação (e devo dizer que o futuro de Portugal é mais escuro que o negro das capas universitárias).
Este dia será um dia em que a Ministra (que será outra, porque com esta é impossivel) irá à escola sem avisar, será o dia em que os professores são ouvidos, será o dia em que os pais exigem educação e não "positivas", será o dia em que o ministério dará condiçoes de trabalho aos professores e que os professores serão avaliados por comissões externas e por outras coisas que não as notas que se dão (e que não se esqueça que a carreira não são os ultimos sete anos, mas todos os dias-desde o primeiro).
Este dia será um dia em que se sentarão numa mesa redonda pessoas que sabem como são as escolas, que sabem como são os alunos, que sabem como vai a educação, que sabem fazer propostas e debate-las com os interessados, que sabem dialogar, que sabem que a educação não está na mão dos professores por si só, mas no ministério, nos pais, nos alunos, nos professores (obviamente), na sociedade e nas escolas. Que a educação é um direito de todos e que, por isso mesmo, todos devem fazer os possiveis para que seja um sucesso real.

Tudo isto me preocupa.
Mas mais que isto preocupa-me o facto de a sociedade se ter conformado em ser cega, surda e muda. É mais fácil não ver a realidade, não ouvir a razão e não falar sobre o que se deve quando se deve (mas só quando nos dizem para falar).
Em 2007/2008 "descobriu-se a pólvora"...a educação não funciona, os alunos são perigosos.
Pergunto: Nunca entraram numa escola?
É preciso um video no youtube ou um titulo no expresso (ou qualquer outro jornal) para que se torne realidade o que qualquer pessoa que entre numa escola pode ver?
Abramos os olhos e vejamos o que está aí diante deles: esta realidade não está escondida.
Abramos os ouvidos e ouçamos o que nos dizem mas especialmente o que não nos dizem.
Abramos a boca e digamos o que pensamos, preguntemos o que não nos dizem, exijamos o que nuncanos deram: a verdade e, acima de tudo, a vontade de mudar, mudar para melhor, porque para pior basta fazer o que sempre foi feito pela educação neste pais - nada.

[Nota: Não defendo os professores pela minha mãe, mas porque um dia fui aluna, porque entrei em várias escolas, porque conheço professores. Profissionais bons e maus há em todas partes, da mesma maneira que há bons e maus alunos, bons e maus governates. Da mesma maneira que há boas e más pessoas. Se acham que toda esta conversa é "um filme" que foi criado, entrem numa escola.]